Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), antes conhecido apenas por LER (Lesões por Esforços Repetitivos), não corresponde a uma doença ou enfermidade, na verdade representa um grupo de afecções do sistema musculoesquelético.
Discute-se, que doenças antes agrupadas em uma única sigla (LER/DORT), sejam melhor identificadas e analisadas para assim serem melhor tratadas, o que inclui como exemplos as tendinites, a síndrome do túnel do carpo, as síndromes miofasciais, a fibromialgia, as cervicalgias, lombalgias e quaisquer outras que antes eram agrupadas sob esta sigla.
Sabemos que estes sintomas não são incomuns para os profissionais do ramo odontológico e geralmente acomentem pessoas que possuem uma pré–disposição genética e/ou não realizam adequadamente a manutenção da sua saúde. Mas, vale ressaltar que as discussões acerca da LER/DORT, sugerem que podem também estarem relacionados com o modelo biopsicosocial do trabalhador, isto é, fatores sociais, familiares, econômicos e com o estresse.
O seu diagnóstico mais precoce possível é primordial para um tratamento eficaz. caso contrário, pode ocasionar um distúrbio temporariamente incapacitante e até mesmo evoluir para um quadro crônico.
Segundo a Cartilha da Sociedade Brasileira de Reumatologia, os distúrbios osteomusculares ocupacionais mais frequentes são as tendinites (particularmente do ombro, cotovelo e punho), as lombalgias (dores na região lombar) e as mialgias (dores musculares) em diversos locais do corpo.
Fatores organizacionais no ambiente de trabalho que devem ser respeitados:
- Treinamento e condicionamento (técnicas para execução de tarefas);
- Local de trabalho adequado (piso, superfície, barulho, umidade, ventilação);
- Temperatura, iluminação, distanciamentos, angulações, etc;
- Ferramentas, utensílios, acessórios e mobiliários adequados ;
- Duração das jornadas de trabalho ;
- Intervalos apropriados ;
- Posturas adequadas e;
- Respeito aos limites biomecânicos (força, repetitividade, manutenção de posturas específicas por períodos prolongados) .
Portanto, um ambiente de trabalho organizado reduz muito a possibilidade de um indivíduo desencadear um distúrbio musculoesquelético.
Alguns dos Sinais:
Sensação de:
– Fraqueza muscular;
– Cansaço excessivo no membro;
– Dificuldade no controle do movimento;
– Peso;
– Membro com dormência ou formigamento;
– Dor mal localizada, etc;
Observe se você está:
– Evitando uma atividade;
– Substituindo o membro para a realização de uma tarefa;
– Dificuldade para executar atividades do dia-a-dia, como abrir uma maçaneta, carregar uma jarra, escovar os dentes, abotoar a roupa, usar o mouse do computador e etc.
– Incomodado, em pouco tempo, com a posição e etc;
Como evitar?
A prática diária dos exercícios no ambiente de trabalho tem como objetivo prevenir tais doenças e ainda motivar mudanças nos hábitos posturais, desenvolvendo e despertando nos trabalhadores a consciência corporal em prol da saúde física e mental.
Existem profissionais especializados e habilitados para auxiliar o trabalhador, como por exemplo Terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores físicos. O profissional te orientará tanto com exercícios corporais, como adequação do ambiente de trabalho.
Fontes:
http://www.saude.campinas.sp.gov.br/sua_saude/cuidados/cartilha_ler_dort_sbr.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prevenir_dort.pdf