Saúde bucal e saúde sistêmica estão mais conectadas do que você imagina

Ainda faz parte daquele time que acredita que saúde bucal e saúde sistêmica são mundos à parte? Bem, então é melhor começar a repensar essa ideia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que aproximadamente 90% dos casos de doenças periodontais estão associados a condições sistêmicas.

Outros estudos relacionam problemas odontológicos a alterações cardiovasculares e o manejo do diabetes, provando que essas duas coisas estão mais conectadas do que poderiam parecer.

Mas, afinal, o que é saúde sistêmica?

Antes de mais nada, vamos solidificar conceitos. A saúde sistêmica tem a ver com funcionamento dos sistemas do corpo, como o cardiovascular, respiratório, etc. 

Em outras palavras, está relacionado ao equilíbrio e à interação entre os diferentes complexos orgânicos — o que, claro, influencia a saúde geral.

Por isso, as doenças sistêmicas são aquelas enfermidades que comprometem um conjunto de órgãos e tecidos, ou até mesmo o corpo inteiro.

Você já deve ter pensado em algumas, como:

• Hipertensão;
• Diabetes;
• Disfunções na tireoide;
• Distúrbios respiratórios;
• Artrite.

Por se manifestarem de diferentes formas, a identificação e prevenção de doenças sistêmicas pressupõe uma abordagem multidisciplinar, incluindo diversas áreas da saúde — como a odontologia.

De que forma saúde bucal e saúde sistêmica se relacionam?

Como dentista, você já deve ter encontrado casos em que inflamações bucais escondiam enfermidades maiores, como um diabetes descontrolado.

Isso acontece porque a boca não é só uma entrada, mas um sinal de alerta para o corpo todo. 

Assim, alterações na mucosa, presença de infecções ou mesmo dificuldades funcionais, como a mastigação, podem indicar desequilíbrios em outros sistemas do organismo.

Cada vez mais pesquisas indicam a necessidade de uma odontologia integrada que considere essas ligações para o diagnóstico precoce de doenças. 

Veja alguns exemplos:

Em muitos casos, o dentista é o primeiro a detectar essas alterações. 

Logo, adotar uma visão integrada da prática clínica faz toda a diferença para a saúde geral dos pacientes.

Qual o papel do dentista para identificação e prevenção de doenças sistêmicas?

A chamada odontologia integrada propõe exatamente esse olhar mais abrangente por parte dos profissionais da área.

Assim, o consultório deixa de ser apenas um espaço de cuidados com os dentes e torna-se a linha de frente da detecção de sinais que indicam desequilíbrios na saúde bucal e saúde sistêmica dos clientes.

Como dentista, ao observar aspectos como os apontados anteriormente, levante suspeitas e oriente os pacientes a procurar outras especialidades clínicas quando necessário.

Além disso, algumas boas práticas básicas contribuem diretamente para a prevenção de complicações:

• Aferir a pressão arterial antes de tratamentos;

• Atualizar periodicamente o prontuário com informações médicas e uso de medicamentos;

• Avaliar sinais sistêmicos durante a anamnese, como fadiga crônica, perda de peso ou alterações no humor;

• Estabelecer parcerias com outros especialistas da saúde para encaminhamentos e tratamentos integrados.

Essas atitudes simples podem evitar intercorrências e ajudar a salvar vidas.

Tecnologia para uma odontologia sistêmica, preventiva e segura

Equipamentos modernos e inovadores também apoiam a redução do risco de contaminação cruzada e o aumento do conforto dos pacientes — especialmente em casos de doenças sistêmicas que necessitam de protocolos diferenciados.

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