Nos últimos anos, a Odontologia do Esporte tem ganhado destaque, principalmente com o aumento do interesse em modalidades esportivas e a realização de eventos como os Jogos Olímpicos.
Essa especialidade garante que os atletas mantenham uma saúde bucal adequada, evitando problemas que possam comprometer seu desempenho. Afinal, o cuidado com os dentes vai além da estética: problemas dentários causam dor, desconforto e até prejudicam a performance.
Continue lendo para descobrir a história da área, o que faz um profissional do segmento, a relação entre odontologia e as práticas físicas, e muito mais!
Uma breve história de como a Odontologia do Esporte se tornou especialidade
Essa área não é uma novidade completa. Suas raízes vem de práticas antigas de cuidados bucais voltados para atletas. Embora a especialidade tenha sido reconhecida apenas em 2015, no Brasil já havia dentistas atuando desde a década de 1950.
Com o avanço da ciência e a crescente demanda por profissionais, a odontologia começou a integrar mais práticas focadas em performance atlética. Hoje, o segmento é reconhecido formalmente e é fundamental para o treinamento e a saúde dos esportistas.
O que faz um odontologista esportivo?
O especialista em Odontologia Esportiva se dedica a cuidar da saúde oral de atletas, focando na prevenção, diagnóstico e tratamento de lesões orais.
De acordo com o artigo 4º da resolução do CFO 160/2015: “a área inclui segmentos teóricos e práticos da odontologia, com o objetivo de investigar, prevenir, tratar, reabilitar e compreender a influência das doenças da cavidade bucal no desempenho dos atletas profissionais e amadores, para melhorar o rendimento esportivo e prevenir lesões“.
Isso mostra que o profissional está preparado para dar orientações sobre como a saúde bucal pode impactar a performance e como prevenir problemas que podem surgir com a prática esportiva, como fraturas dentárias e desidratação.
Qual é a relação entre odontologia e desempenho dos atletas?
Há vários fatores bucais que impactam a prática esportiva. Aqui estão os principais:
1. Saúde geral
Problemas dentários, como cáries, infecções gengivais e desordens temporomandibulares, levam a dor e desconforto, impactando na recuperação e na resistência física.
2. Impacto na performance
Segundo Dagmar de Paula Queluz, coordenadora do curso de especialização em Odontologia do Trabalho e Desportiva, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (UNICAMP), o rendimento de um atleta diminui até 21% por causa de problemas relacionados aos dentes.
Afinal, esse cenário desvia a atenção e reduz a concentração do esportista, uma situação crítica durante as competições.
3. Nutrição e hidratação
A saúde bucal também influencia a capacidade de se alimentar e se hidratar adequadamente. Algumas condições orais dificultam a mastigação e a ingestão de alimentos saudáveis, essenciais para um bom desempenho atlético. A desidratação, frequentemente causada por práticas esportivas, também afetam a saúde oral, criando um ciclo vicioso.
4. Prevenção de lesões
Profissionais da área trabalham para prevenir lesões orais, como fraturas dentárias e lesões nos tecidos moles, comuns em esportes de contato. O uso de protetores personalizados reduz o risco de traumas, garantindo que o esportista compita com segurança.
5. Motivação e psicologia
Problemas dentários visíveis podem afetar a imagem corporal e a confiança, influenciando a performance e a motivação para competir.
Como se tornar especialista em Odontologia do Esporte?
Para se especializar na Odontologia do Esporte, os dentistas devem buscar formação específica em cursos e programas que ofereçam conhecimento avançado sobre as necessidades dos atletas.
Para um currículo mais completo, inclui estágios, estudos de caso e participação em eventos esportivos. Assim, proporciona uma visão prática da atuação nesta área.
Veja mais sobre oportunidades de atuação e o mercado da Odontologia do Esporte
A demanda por dentistas esportivos cresce à medida que a importância desse cuidado é reconhecida, oferecendo diversas oportunidades de atuação. Há possibilidade dos profissionais trabalharem em:
- Clubes e federações esportivas: integrando equipes para fazer acompanhamento durante treinos e competições.
- Consultórios particulares: atendendo atletas e amadores de forma personalizada.
- Instituições públicas e filantrópicas: contribuindo para a saúde bucal de jovens e promovendo a prática esportiva.
- Educação: ministrando aulas em universidades e cursos de pós-graduação, formando novos profissionais.
As competências incluem prevenção de doenças bucais, identificação de disfunções temporomandibulares e elaboração de equipamentos de proteção.
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