Muitas dúvidas rodeiam o pensamento de quem utiliza ou já ouviu falar sobre o uso do “ultrassom piezoelétrico” em aplicações odontológicas. Estes questionamentos são naturais, uma vez que as definições parecem se entrelaçar de tal maneira a gerar ainda mais perguntas. Para tentar esclarecê-las, apresentamos a seguir alguns conceitos.
Efeito Piezoelétrico
Vamos voltar no tempo… Pierre e Jacques Curie, físicos franceses, constataram em 1880 que alguns cristais, como o quartzo, ficavam carregados eletricamente após sofrerem compressão por uma força mecânica. A este fenômeno, deu-se o nome de “efeito piezoelétrico”.
Esses cristais também são capazes de se expandir ou contrair em função da descarga de pulsos elétricos aplicados sobre eles, produzindo assim uma variação dimensional conforme ilustra a figura a seguir.
Já de volta ao presente, inúmeras aplicações foram encontradas para os cristais piezoelétricos. Algumas delas são os medidores de pressão, microfones, captador de instrumentos musicais e até mesmo em projetos mais arrojados, como a geração de eletricidade proveniente da pressão causada pela movimentação dos carros em ruas e estradas.
Facilmente encontrados no mercado, os cristais piezoelétricos são comercializados na forma de discos ou anéis cerâmicos:
Quando estes cristais são submetidos à pulsos elétricos com frequência acima de 20 KHz, eles então produzem movimentos ultrassônicos. É aqui que muitas pessoas se confundem.
Ultrassom
O termo ultrassom é definido como uma vibração da mesma natureza que o som, mas de frequência demasiadamente elevada para que o ouvido humano possa percebê-lo.
A frequência de som audível pelo ser humano varia entre 20 e 20.000 Hz, abaixo dessa faixa está o infrassom e acima, o ultrassom. O ultrassom pode se propagar através de líquidos, metais, tecidos e até mesmo do ar.
Devido às suas características, pode ser aplicado em inúmeras tecnologias como o sonar, ecolocalização, metalurgia, aparelhos médicos destinados à exames de imagem (ultrassonografia), entre outras.
Ultrassom Piezoelétrico
Na odontologia, a compreensão destas duas tecnologias tornou possível desenvolver uma aplicação única.
A utilização de cristais piezoelétricos (PZT) de pequeno diâmetro permitiram a fabricação de um atuador ultrassônico no formato de uma peça de mão, levando o movimento ultrassônico (faixa entre 25 e 32 KHz) à ponta metálica.
Aqui, vale ressaltar que a performance das pontas de diamante CVD (Chemical Vapor Deposition) incrementam a eficiência do atuador ultrassônico por serem capazes de cortar com facilidade o esmalte, dentina e os principais materiais de restauração (amálgama, cimentos provisórios e resinas compostas).
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Os atuadores, cada vez mais potentes, possibilitaram inclusive o desenvolvimento de pontas cirúrgicas indicadas para cortes ósseos, que, graças ao movimento ultrassônico, não oferecem riscos de perfuração à mucosa oral.
A utilização destas tecnologias possibilita, portanto, o desenvolvimento de equipamentos de ultrassom com efeito piezoelétrico, como é o caso linha de Piezos DentSurg. A única em que o mesmo equipamento é capaz de atender todas as especialidades, com igual eficiência.
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